por Leonardo Brant
O texto “2011, uma odisseia cultural” foi pensado e elaborado de forma colaborativa, a partir de encontros, rascunhos e trocas de e-mails. Eu, Fabio Maciel, Ricardo Albuquerque e Px Silveira já havíamos trabalhado dessa maneira em 2002. Chegamos ao manifesto por uma cidadania cultural, intitulado “1% para a cultura“, que teve a participação, entre outros, de Fabio Cesnik e Ricardo Ribenboim.
O resultado do manifesto foi extraordinário. Os programas de governo de vários candidados absorveram as propostas e o próprio ministro Gilberto Gil utilizou o documento entre as suas referências programáticas. Na ocasião lancei o livro “Políticas Culturais, vol.1″ que tinha como proposta fazer o balanço das políticas culturais vigentes e lançar bases para a discussão dos próximos desafios para a área. A ideia era fazer o volume 2, 3, 4, sempre que a discussão se fizer necessária.
Partindo dessa experiência, resolvemos trabalhar numa proposta mais contemporânea, incorporando ingredientes fundamentais no processo de contrução das políticas culturais. O diálogo, a participação, o trabalho em rede, tornaram-se ferramentas efetivas e precisam ser experimentadas nas políticas públicas, sobretudo de cultura.
Já naquela época o Px Silveira falava na criação de um partido político que unisse o povo da cultura, já que reunimos gente de todos os credos e ideologias e a “cultura unifica”. Para minha surpresa, recebi semana passada uma convocação para me filiar ao recém criado Partido da Cultura, uma articulação nacional em torno da função política da cultura, iniciada pelo pessoal do Circuito Fora do Eixo, junto com o Edson Natale e o Pena Schimidt, velhos amigos de guerra.
Juntei tudo no mesmo saco e venho dar continuidade a um texto colaborativo que resultará num livro escrito em coautoria com agentes culturais de todo o Brasil. Penso ser esta uma boa contribuição, por isso aproveito para convocar as forças que compõem o Partido para pensarmos numa plataforma política abrangente, inovadora, que inclua todos os movimentos, redes, articulações e comunidades culturais do país.
O pontapé inicial foi dado. O texto “Amnésia, Memória e Mito Fundador” já passou por dois grupos de discussã e elaboração (aquele inicial e a rede O Poder da Cultura) e já está disponível para a participação de todos. Basta complementar, contrapor, refletir e propor ações sobre o tema proposto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário